
A história da Cosac Naify começou em junho de 97, quando as livrarias brasileiras receberam o volume "Barroco de Lírios" , de Tunga.
Com mais de dez tipos de papéis e 200 ilustrações, o livro criado por um dos principais artistas contemporâneos do mundo tinha recursos como a fotografia de uma trança que, desdobrada, chegava a um metro de comprimento.
Por maior que seja a imaginação de Tunga ou a dos fundadores da editora, Charles Cosac e Michael Naify, ninguém poderia supor naquele momento quantas histórias subiriam por aquela trança.
Primeiro, vieram as artes plásticas, área na qual a editora se estabeleceu como referência, tendo publicado mais de cem títulos sobre o assunto. São mais de 50 monografias sobre artistas brasileiros, clássicos da crítica de arte nunca antes traduzidos para o português, como "Outros critérios", de Leo Steinberg, obras de referência, como os três volumes de "História da arte italiana", de Giulio Carlo Argan, e "Piero de la Francesca", de Roberto Longhi, com posfácio de Carlo Ginzburg.
Parcerias de cá e lá
Ainda no campo das artes, a Cosac Naify se tornou a primeira editora latino-americana a coeditar um título com o MoMA, de Nova York, o volume "Tangled Alphabets: León Ferrari and Mira Schendel". E realizou parcerias de grande sucesso com museus como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre, a Bienal de São Paulo, o Centro Universitário Maria Antonia (SP), a FAAP-SP, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago (EUA) e a Maison Européenne de la Photo, de Paris, entre outros.
Também foi com ajuda de parceiros importantes que a editora abriu seu caminho em outros territórios artísticos, como a Mostra de Cinema de São Paulo e a Cinemateca Brasileira, nos livros de cinema, o Grupo Corpo, na dança, a São Paulo Fashion Week, na moda, e o SESC-SP, com quem desenvolve projetos em fotografia, cinema e a coleção multidisciplinar Ópera Urbana.
Esse conjunto de livros, feitos para adultos, jovens e crianças, entre a ficção e ilustração, é um dos destaques da área que é menina dos olhos na editora: os livros infantis.
Para todos os leitores
Os títulos “para crianças” não são realizados para uma faixa etária restrita, e englobam desde obras que representam marcos na história da literatura infantil, como os revolucionários "O livro inclinado" (1909), de Peter Newell, e "Na noite escura" (1958), de Bruno Munari, até livros feitos por jovens criadores brasileiros, como "Lampião & Lancelote", de Fernando Vilela, um dos livros brasileiros mais premiados de todos os tempos, inclusive pela Meca dos infantis, a Feira de Bologna, que em 2010 premiou "Tchibum!".
Prêmios
Os infantis da Cosac Naify já colheram aos montes. São mais de 50, entre eles o Jabuti de Melhor Livro do Ano (concorrendo com os adultos), "Façanha de Bichos que existem & bichos que não existem", de Arthur Nestrovski, e o prêmio da Bienal de Bratislava, conquistado por Ângela-Lago, com "João-Felizardo, o rei dos negócios".
Tal como Lago, o catálogo infantil tem obras muito especiais de grandes nomes da ficção nacional, como Ana Maria Machado, Decio Pignatari e, por que não, Mario de Andrade e Lima Barreto (ilustrados pelo jovem mestre Odilon Moraes), Machado de Assis (na leitura delicada de Nelson Cruz), e ainda os gigantes estrangeiros Goethe, Gogol, Tchekhov, Pablo Neruda e William Faulkner.
Não fosse o bastante, nessa estante há lugar para alguns dos maiores artistas gráficos do século XX, caso de Shel Silverstein (diversos títulos, como "Fuja do Garabuja" e "A árvore generosa"), Sempé ("Marcelino Pedregulho"), Millôr Fernandes ("Maurício, o leão de menino") e Paul Rand ("Pequeno 1").
Em 2008, seguindo o espírito tão caro à editora de oferecer aos leitores obras de referência nas mais variadas áreas, a Cosac Naify também inaugurou uma linha de livros teóricos sobre ficção infantil. A primazia coube à obra de Alan Powers “Era uma vez uma capa”, uma história ilustrada da literatura universal para crianças.
Edições definitivas
Contar histórias, por sinal, tem sido uma atividade cada vez mais frequente na editora. A mais recente delas justifica até o uso do surrado termo “a bíblia do...”. "História do design gráfico", de Philip B. Meggs, é unanimemente considerada pelos estudiosos da área a “bíblia do design”.
Com 1300 imagens coloridas, divididas em 720 páginas, todas redesenhadas pela editora, o livro narra todo o desenvolvimento das artes gráficas, desde as pinturas rupestres de 1500 a.C até o design internético. O livro consolida a forte presença da editora nesse segmento.
Em outra área vizinha, a arquitetura, a Cosac Naify também fez-se referência. Além de trazer ao português parte importante do repertório mais celebrado do gênero, com livros como “Aprendendo com Las Vegas”, de Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour, e “Precisões”, de Le Corbusier, a editora vem publicando autores-chave da arquitetura contemporânea, como Rem Koolhaas e Rafael Moneo, e está desenvolvendo uma linha em torno da arquitetura brasileira sem par no mercado.
Além de ter publicado três livros do vencedor do Prêmio Pritzker de 2006, Paulo Mendes da Rocha, o catálogo tem obras de e sobre todos os criadores mais importantes da arquitetura brasileira: de Oscar Niemeyer a Vilanova Artigas, de Lucio Costa a Joaquim Guedes, de Vital Brazil a Lina Bo Bardi.
Monstros sagrados
Os grandes artífices da cultura brasileira são, por sinal, um dos eixos em torno dos quais se organiza a produção editorial da Cosac Naify.
“Temos o orgulho de sermos, por exemplo, os editores das obras de Paulo Emílio Sales Gomes, Glauber Rocha e Manuel Bandeira. E publicamos alguns dos mais importantes ensaístas recentes, de Bento Prado Jr. a Fernando Novais, de Davi Arrigucci Jr. a Ismail Xavier, de Eduardo Viveiros de Castro a Ferreira Gullar”, revela texto no blog.
E não é tudo. Se pela trança de Tunga já subiram 750 títulos, mais de 150 deles são do escaninho da ficção. Pela coleção "Prosa do Mundo", a melhor série de clássicos do mercado, já chegaram às livrarias grandes obras de senhores com sobrenomes como Tolstoi, Beckett, Brecht, Poe, Flaubert, Pirandello, e outras de escritores menos conhecidos, mas não menores, como o dinamarquês Jens Peter Jacobsen e o húngaro Gyula Krúdy.
“Mulheres Modernistas” é o nome da coleção que reúne escritoras do calibre de Virginia Woolf, Karen Blixen, Flannery O’Connor, Katherine Mansfield, Marguerite Duras e Gertrude Stein.
O blog continua: “Sem medo de grandes desafios, publicamos ainda "Os Miseráveis" (1280 páginas), "Anna Kariênina" (816 páginas) e "Moby Dick" (656 páginas). E trouxemos ao país obras de mestres mais recentes, como o americano William Faulkner, o argentino Adolfo Bioy Casares e o brasileiro João Antônio. Do pretérito futuro, o dos grandes ficcionistas em atividade, também trouxemos às prateleiras boas amostras: o espanhol Enrique Vila-Matas , o argentino Alan Pauls, o alemão Ingo Schulze, o mexicano Mario Bellatin, o francês J. M. G. Le Clézio (Prêmio Nobel de 2008), entre outros.
“E é assim, com esse catálogo tão heterodoxo e tão único, que reúne sob o mesmo logotipo Petrônio e Capitão Cueca, Claude Lévi-Strauss e Woody Allen, Joaquim Nabuco e Chacal, que a Cosac Naify continua levando adiante seu desafio: em muitas áreas fazer sempre o melhor, ou ao menos o diferente..” finaliza o texto explicativo do blog.
http://editora.cosacnaify.com.br
Por maior que seja a imaginação de Tunga ou a dos fundadores da editora, Charles Cosac e Michael Naify, ninguém poderia supor naquele momento quantas histórias subiriam por aquela trança.
Primeiro, vieram as artes plásticas, área na qual a editora se estabeleceu como referência, tendo publicado mais de cem títulos sobre o assunto. São mais de 50 monografias sobre artistas brasileiros, clássicos da crítica de arte nunca antes traduzidos para o português, como "Outros critérios", de Leo Steinberg, obras de referência, como os três volumes de "História da arte italiana", de Giulio Carlo Argan, e "Piero de la Francesca", de Roberto Longhi, com posfácio de Carlo Ginzburg.
Parcerias de cá e lá
Ainda no campo das artes, a Cosac Naify se tornou a primeira editora latino-americana a coeditar um título com o MoMA, de Nova York, o volume "Tangled Alphabets: León Ferrari and Mira Schendel". E realizou parcerias de grande sucesso com museus como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre, a Bienal de São Paulo, o Centro Universitário Maria Antonia (SP), a FAAP-SP, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago (EUA) e a Maison Européenne de la Photo, de Paris, entre outros.
Também foi com ajuda de parceiros importantes que a editora abriu seu caminho em outros territórios artísticos, como a Mostra de Cinema de São Paulo e a Cinemateca Brasileira, nos livros de cinema, o Grupo Corpo, na dança, a São Paulo Fashion Week, na moda, e o SESC-SP, com quem desenvolve projetos em fotografia, cinema e a coleção multidisciplinar Ópera Urbana.
Esse conjunto de livros, feitos para adultos, jovens e crianças, entre a ficção e ilustração, é um dos destaques da área que é menina dos olhos na editora: os livros infantis.
Para todos os leitores
Os títulos “para crianças” não são realizados para uma faixa etária restrita, e englobam desde obras que representam marcos na história da literatura infantil, como os revolucionários "O livro inclinado" (1909), de Peter Newell, e "Na noite escura" (1958), de Bruno Munari, até livros feitos por jovens criadores brasileiros, como "Lampião & Lancelote", de Fernando Vilela, um dos livros brasileiros mais premiados de todos os tempos, inclusive pela Meca dos infantis, a Feira de Bologna, que em 2010 premiou "Tchibum!".
Prêmios
Os infantis da Cosac Naify já colheram aos montes. São mais de 50, entre eles o Jabuti de Melhor Livro do Ano (concorrendo com os adultos), "Façanha de Bichos que existem & bichos que não existem", de Arthur Nestrovski, e o prêmio da Bienal de Bratislava, conquistado por Ângela-Lago, com "João-Felizardo, o rei dos negócios".
Tal como Lago, o catálogo infantil tem obras muito especiais de grandes nomes da ficção nacional, como Ana Maria Machado, Decio Pignatari e, por que não, Mario de Andrade e Lima Barreto (ilustrados pelo jovem mestre Odilon Moraes), Machado de Assis (na leitura delicada de Nelson Cruz), e ainda os gigantes estrangeiros Goethe, Gogol, Tchekhov, Pablo Neruda e William Faulkner.
Não fosse o bastante, nessa estante há lugar para alguns dos maiores artistas gráficos do século XX, caso de Shel Silverstein (diversos títulos, como "Fuja do Garabuja" e "A árvore generosa"), Sempé ("Marcelino Pedregulho"), Millôr Fernandes ("Maurício, o leão de menino") e Paul Rand ("Pequeno 1").
Em 2008, seguindo o espírito tão caro à editora de oferecer aos leitores obras de referência nas mais variadas áreas, a Cosac Naify também inaugurou uma linha de livros teóricos sobre ficção infantil. A primazia coube à obra de Alan Powers “Era uma vez uma capa”, uma história ilustrada da literatura universal para crianças.
Edições definitivas
Contar histórias, por sinal, tem sido uma atividade cada vez mais frequente na editora. A mais recente delas justifica até o uso do surrado termo “a bíblia do...”. "História do design gráfico", de Philip B. Meggs, é unanimemente considerada pelos estudiosos da área a “bíblia do design”.
Com 1300 imagens coloridas, divididas em 720 páginas, todas redesenhadas pela editora, o livro narra todo o desenvolvimento das artes gráficas, desde as pinturas rupestres de 1500 a.C até o design internético. O livro consolida a forte presença da editora nesse segmento.
Em outra área vizinha, a arquitetura, a Cosac Naify também fez-se referência. Além de trazer ao português parte importante do repertório mais celebrado do gênero, com livros como “Aprendendo com Las Vegas”, de Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour, e “Precisões”, de Le Corbusier, a editora vem publicando autores-chave da arquitetura contemporânea, como Rem Koolhaas e Rafael Moneo, e está desenvolvendo uma linha em torno da arquitetura brasileira sem par no mercado.
Além de ter publicado três livros do vencedor do Prêmio Pritzker de 2006, Paulo Mendes da Rocha, o catálogo tem obras de e sobre todos os criadores mais importantes da arquitetura brasileira: de Oscar Niemeyer a Vilanova Artigas, de Lucio Costa a Joaquim Guedes, de Vital Brazil a Lina Bo Bardi.
Monstros sagrados
Os grandes artífices da cultura brasileira são, por sinal, um dos eixos em torno dos quais se organiza a produção editorial da Cosac Naify.
“Temos o orgulho de sermos, por exemplo, os editores das obras de Paulo Emílio Sales Gomes, Glauber Rocha e Manuel Bandeira. E publicamos alguns dos mais importantes ensaístas recentes, de Bento Prado Jr. a Fernando Novais, de Davi Arrigucci Jr. a Ismail Xavier, de Eduardo Viveiros de Castro a Ferreira Gullar”, revela texto no blog.
E não é tudo. Se pela trança de Tunga já subiram 750 títulos, mais de 150 deles são do escaninho da ficção. Pela coleção "Prosa do Mundo", a melhor série de clássicos do mercado, já chegaram às livrarias grandes obras de senhores com sobrenomes como Tolstoi, Beckett, Brecht, Poe, Flaubert, Pirandello, e outras de escritores menos conhecidos, mas não menores, como o dinamarquês Jens Peter Jacobsen e o húngaro Gyula Krúdy.
“Mulheres Modernistas” é o nome da coleção que reúne escritoras do calibre de Virginia Woolf, Karen Blixen, Flannery O’Connor, Katherine Mansfield, Marguerite Duras e Gertrude Stein.
O blog continua: “Sem medo de grandes desafios, publicamos ainda "Os Miseráveis" (1280 páginas), "Anna Kariênina" (816 páginas) e "Moby Dick" (656 páginas). E trouxemos ao país obras de mestres mais recentes, como o americano William Faulkner, o argentino Adolfo Bioy Casares e o brasileiro João Antônio. Do pretérito futuro, o dos grandes ficcionistas em atividade, também trouxemos às prateleiras boas amostras: o espanhol Enrique Vila-Matas , o argentino Alan Pauls, o alemão Ingo Schulze, o mexicano Mario Bellatin, o francês J. M. G. Le Clézio (Prêmio Nobel de 2008), entre outros.
“E é assim, com esse catálogo tão heterodoxo e tão único, que reúne sob o mesmo logotipo Petrônio e Capitão Cueca, Claude Lévi-Strauss e Woody Allen, Joaquim Nabuco e Chacal, que a Cosac Naify continua levando adiante seu desafio: em muitas áreas fazer sempre o melhor, ou ao menos o diferente..” finaliza o texto explicativo do blog.
http://editora.cosacnaify.com.br