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Legenda - Bruno Munari, Procurando conforto numa cadeira desconfortável, 1968. Cortesia Laterza Edizioni.
Para o cego no quarto escuro à procura do gato preto que não está lá
Para o cego no quarto escuro à procura do gato preto que não está lá
For the blind man in the dark room looking for the black cat that isn’t there
Curador: Anthony Huberman
Exposição até 29 de agosto
Começamos na Grécia Antiga com Sócrates anunciando: “sei que nada sei”. Com efeito, a confusão esteve sempre no âmago da sabedoria. Muitos séculos mais tarde, deparamos com uma afirmação que muitos atribuíram a Charles Darwin: “Um matemático é como um cego num quarto escuro à procura de um gato preto que não está lá”.
Sendo um cientista empenhado em catalogar, explicar e caracterizar de forma clara a natureza, Darwin parodiava a incapacidade do matemático para descrever o mundo físico em termos que não fossem abstractos e especulativos.
For the blind man… celebra a natureza especulativa do conhecimento e advoga o primado da curiosidade sobre a compreensão. Se, por um lado, os artistas incluídos na exposição partilham a nossa urgência de compreender o mundo, por outro, eles estão também empenhados em separar a arte da explicação.
Na sua dimensão especulativa, as obras apresentadas aludem a uma busca do conhecimento, ao mesmo tempo que insistem no facto de a arte não ser um código que necessita de ser decifrado.
Incorporando um espírito lúdico de não conhecimento, de desaprendizagem e de confusão produtiva, For the blind man… é dedicada à mente inquisitiva e aos prazeres de encontrar o nosso caminho na escuridão.
A exposição, organizada pelo Contemporary Art Museum St. Louis, termina o seu percurso na Culturgest, depois de ter sido apresentada, em diferentes versões, naquela instituição, no Museum of Contemporary Art de Detroit, no ICA de Londres e no centro de arte De Appel em Amesterdã.
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