Una sirena varada de cabellos grises

El vertido de BP se convierte en portada de Vogue con un reportaje inspirado en la melena canosa de la modelo Kristen McMenamy

El País, Madrid
11.08.2010

Una modelo inerte, en un paraje apocalíptico y una larguísima melena gris, sucia, a tono con el paisaje, cubriéndole medio cuerpo.

Esa es la portada de agosto de Vogue Italia.
La modelo es Kristen McMenamy, fotografiada por Steven Meisel como una sirena recién emergida de la mancha de petróleo que cubre el Golfo de México, posa con su pelo natural, canoso.

En la moda quedan pocos tabús.
No es la primera vez que Meisel retrata a la modelo, de 45 años.
En julio de 2009 su impactante cabellera abrió también la edición italiana de Vogue para reivindicar un nuevo paradigma de belleza: la naturalidad, al estilo del reportaje publicado en Harper's Bazaar con las top de los noventa posando sin maquillaje – McMenamy incluida -, algo que también hizo Elle con sucesivas portadas en las que
aparecían Monica Bellucci, Eva Herzigova o Sophie Marceau sin retoques y sin colorete retratadas por Peter Lindbergh.

Esa melena de color plata, fruto de seis años cuidados para dejarla crecer sin tintarla, ha sido una de las inspiraciones del fotógrafo, que ha conseguido llevar a la portada de la biblia de la moda un tema que lleva meses abriendo los periódicos de medio mundo.
20 things you never knew about Jimi Hendrix

Jimi Hendrix is on the cover of NME magazine this week to mark 40 years since his death.
Keep clicking for 20 things you never knew about the guitarist, including the fact that his manager Mike Jeffrey once arranged for him to be kidnapped by the mafia.
Yoko Ono oversees the remasterin of the star's back catalogue

John Lennon's solo albums have been remastered to mark the late singer's 70th birthday.

Yoko Ono and a team of engineers led by Allan Rouse at London's Abbey Road Studios and by George Marino at New York's Avatar Studios have helped re-work all eight of his albums and several newly-compiled titles.

"In this very special year, which would have seen my husband and life partner John reach the age of 70, I hope that this remastering/reissue programme will help bring his incredible music to a whole new audience," Ono said.

"By remastering 121 tracks spanning his solo career, I hope also that those who are already familiar with John's work will find renewed inspiration from his incredible gifts as a songwriter, musician and vocalist and from his power as a commentator on the human condition. His lyrics are as relevant today as they were when they were first written."

All of the remastered albums and collections will be available on CD and for download around the time of Lennon's birthday on October 9. For more information go to JohnLennon.com.

Get this month's issue of our sister title Uncut for a cover story on John Lennon's solo years. The issue hits UK newsstands tomorrow (July 1), see Uncut.co.uk for details www.nme.com/



John Lennon tendrá su propia cápsula del tiempo

En ella se guardarón sus grabaciones hasta 2040

El próximo mes de diciembre hará 30 años de la trágica muerte de John Lennon.

Además, este año cumpliría 70 años y para muchos aún sigue vivo a través de su música. Por ello, y para que la memoria de este artista siga viva durante muchas décadas, John Lennon tendrá su propia cápsula del tiempo, en la que se pretenden guardar todas sus grabaciones de su carrera posterior a los Beatles.

El legado de John Lennon, uno de los componentes del cuarto de Liverpool «The Beatles» seguirá vivo hasta el año 2040.

Con motivo de la fecha en la que el músico celebraría su 70 cumpleaños, se ha creado el proyecto «The John Lennon Time Capsule» («La cápsula del tiempo de John Lennon»).

En ella tienen pensando guardar las grabaciones del músico durante su carrera musical posterior a su etapa como «Beatle», con el fin de que perduren durante varias décadas, concretamente hasta el 9 de octubre de 2040, fecha en la que Lennon cumpliría 100 años.

Además, tal y como ha publicado la web estadounidense «NME», los fans podrán enviar felicitaciones, cartas y demás recordatorios con el fin de que sean guardados junto a las grabaciones en la cápsula.

Una que se ha mostrado encantada con la idea es Yoko Ono.
La viuda del artista ha confesado que está «encantada de apoyar este proyecto para poder compartir la música y los mensajes de paz y amor con los niños de hoy y del mañana».

«Sé que el trabajo de John, así como su vida y sus sueños, ayudarán a inspirarles para crear un mundo mejor para todos», añade Yoko.

La ceremonia se llevará a cabo el próximo 8 de octubre en el Museo de la Fama del Rock&Roll (foto) en Ohio, Estados Unidos, donde permanecerá la cápsula.
ABC

O Evangelho do Enforcado



O Evangelho do Enforcado é o mais recente romance de David Soares, onde história, fantasia e horror se entrelaçam numa forma harmoniosa e poética.

O autor aliou um estudo intenso com a sua imaginação prodigiosa para revelar as circunstâncias da criação dos misteriosos Painéis de S. Vicente. Para tal, David Soares apresenta a sociedade portuguesa do século XV de forma minuciosa, fugindo às ideias preconcebidas da elegância medieval, não temendo, de forma alguma chocar através dos factos reais da época, e levando o leitor a crer que a ficção é real.

O leitor é levado numa viagem onde conhece Nuno Gonçalves, que nasceu com o dom da pintura... e com espinhos de ouriço-cacheiro. Esta é uma personagem realmente cativante, diferente desde o primeiro momento. Nuno não revela ser possuidor de grande emotividade, até ao momento em que descobre o prazer do cheiro dos mortos e a beleza da pintura.

O leitor contempla evolução de Nuno Gonçalves ao longo da narrativa - artista, necrófilo, psicopata e assassino -, ao mesmo tempo que observa o jogo de poder da ínclita geração.

David Soares é um nome de grande peso na literatura fantástica portuguesa. Com uma escrita trabalhada, poética e envolvente, transporta o leitor para uma narrativa onde nada é deixado ao acaso.

As descrições são precisas e credíveis, os diálogos são adequados e acarretam sabedoria, todos os pormenores existem por alguma razão, as coincidências não existem. Agradou-me o facto de as personagens não serem, de forma alguma, escolhidas ao acaso. É possível verificar que a grande maioria dos intervenientes da narrativa estão ligados a diferentes domínios da história portuguesa, por mais curta que seja a sua aparição.

Esta obra fomenta a reflexão sobre o verdadeiro significado e valor da arte, da morte, da vida, chegando a provocar o choque com descrições cruas e reais. A personagem Geronte, um ser sobrenatural, marca, neste aspecto, uma posição crucial, uma vez que representa a condição da vida que remete unicamente à morte, sendo esta apenas vencida pela arte, que, com voz própria, persiste no todo.

"A criação - a arte - é o único antídoto contra a morte."
Tudo é pensado de uma forma muito inteligente e requintada, até ao mais ínfimo pormenor, de forma a encaminhar o leitor para um final que faz desejar por mais. Os pormenores dos painéis e o auto-retrato servem de complemento ao texto e a sua integração na obra foi uma boa escolha.

Gostei muito das notas finais de David Soares, uma vez que arrematam a obra sem deixar espaço para dúvidas acerca das razões do autor, as influências e a explicação de pormenores bem interessantes, como o caso da peste negra ou da criação do Tarot.

Gostaria apenas de referir, que teria sido mais agradável se o autor tivesse optado por efectuar as traduções das frases em latim, uma vez que tive que parar a leitura por diversas vezes para procurar o seu significado (nem sempre foi sucedida).

Foi interessante observar o latim nos diálogos, numa forma de aproximação à época, mas teria sido bom se a sua tradução estivesse como nota de rodapé, para que o leitor não perca nenhum conteúdo.

David Soares prova, mais uma vez, que a sua imaginação não tem limites e que é um escritor de grande qualidade, o que faz com que esta crítica pouco consiga descrever o prazer que tive ao ler “O Evangelho do Enforcado”. Aconselho, sem a menor sombra de dúvida. (Blogue Bela Lugosi is Dead)
http://saidadeemergencia.com

Revista Bang






De periodicidade trimestral, a Bang! procura trazer ao leitor os autores incontornáveis da literatura fantástica mundial, apresenta os autores portugueses consagrados e dá oportunidade às novas vozes.

Para conhecer os vários números visite o catálogo, e para deixar feedback dê um salto ao fórum da revista.

Aceita-se colaboração de ficção curta. Os escolhidos para publicação podem não ser remunerados mas alcançarão certamente a imortalidade!
http://saidadeemergencia.com/

Raio x da Editora Cosac Naify




A história da Cosac Naify começou em junho de 97, quando as livrarias brasileiras receberam o volume "Barroco de Lírios" , de Tunga.
Com mais de dez tipos de papéis e 200 ilustrações, o livro criado por um dos principais artistas contemporâneos do mundo tinha recursos como a fotografia de uma trança que, desdobrada, chegava a um metro de comprimento.

Por maior que seja a imaginação de Tunga ou a dos fundadores da editora, Charles Cosac e Michael Naify, ninguém poderia supor naquele momento quantas histórias subiriam por aquela trança.

Primeiro, vieram as artes plásticas, área na qual a editora se estabeleceu como referência, tendo publicado mais de cem títulos sobre o assunto. São mais de 50 monografias sobre artistas brasileiros, clássicos da crítica de arte nunca antes traduzidos para o português, como "Outros critérios", de Leo Steinberg, obras de referência, como os três volumes de "História da arte italiana", de Giulio Carlo Argan, e "Piero de la Francesca", de Roberto Longhi, com posfácio de Carlo Ginzburg.

Parcerias de cá e lá
Ainda no campo das artes, a Cosac Naify se tornou a primeira editora latino-americana a coeditar um título com o MoMA, de Nova York, o volume "Tangled Alphabets: León Ferrari and Mira Schendel". E realizou parcerias de grande sucesso com museus como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, a Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre, a Bienal de São Paulo, o Centro Universitário Maria Antonia (SP), a FAAP-SP, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago (EUA) e a Maison Européenne de la Photo, de Paris, entre outros.

Também foi com ajuda de parceiros importantes que a editora abriu seu caminho em outros territórios artísticos, como a Mostra de Cinema de São Paulo e a Cinemateca Brasileira, nos livros de cinema, o Grupo Corpo, na dança, a São Paulo Fashion Week, na moda, e o SESC-SP, com quem desenvolve projetos em fotografia, cinema e a coleção multidisciplinar Ópera Urbana.

Esse conjunto de livros, feitos para adultos, jovens e crianças, entre a ficção e ilustração, é um dos destaques da área que é menina dos olhos na editora: os livros infantis.

Para todos os leitores
Os títulos “para crianças” não são realizados para uma faixa etária restrita, e englobam desde obras que representam marcos na história da literatura infantil, como os revolucionários "O livro inclinado" (1909), de Peter Newell, e "Na noite escura" (1958), de Bruno Munari, até livros feitos por jovens criadores brasileiros, como "Lampião & Lancelote", de Fernando Vilela, um dos livros brasileiros mais premiados de todos os tempos, inclusive pela Meca dos infantis, a Feira de Bologna, que em 2010 premiou "Tchibum!".

Prêmios
Os infantis da Cosac Naify já colheram aos montes. São mais de 50, entre eles o Jabuti de Melhor Livro do Ano (concorrendo com os adultos), "Façanha de Bichos que existem & bichos que não existem", de Arthur Nestrovski, e o prêmio da Bienal de Bratislava, conquistado por Ângela-Lago, com "João-Felizardo, o rei dos negócios".

Tal como Lago, o catálogo infantil tem obras muito especiais de grandes nomes da ficção nacional, como Ana Maria Machado, Decio Pignatari e, por que não, Mario de Andrade e Lima Barreto (ilustrados pelo jovem mestre Odilon Moraes), Machado de Assis (na leitura delicada de Nelson Cruz), e ainda os gigantes estrangeiros Goethe, Gogol, Tchekhov, Pablo Neruda e William Faulkner.

Não fosse o bastante, nessa estante há lugar para alguns dos maiores artistas gráficos do século XX, caso de Shel Silverstein (diversos títulos, como "Fuja do Garabuja" e "A árvore generosa"), Sempé ("Marcelino Pedregulho"), Millôr Fernandes ("Maurício, o leão de menino") e Paul Rand ("Pequeno 1").

Em 2008, seguindo o espírito tão caro à editora de oferecer aos leitores obras de referência nas mais variadas áreas, a Cosac Naify também inaugurou uma linha de livros teóricos sobre ficção infantil. A primazia coube à obra de Alan Powers “Era uma vez uma capa”, uma história ilustrada da literatura universal para crianças.

Edições definitivas
Contar histórias, por sinal, tem sido uma atividade cada vez mais frequente na editora. A mais recente delas justifica até o uso do surrado termo “a bíblia do...”. "História do design gráfico", de Philip B. Meggs, é unanimemente considerada pelos estudiosos da área a “bíblia do design”.

Com 1300 imagens coloridas, divididas em 720 páginas, todas redesenhadas pela editora, o livro narra todo o desenvolvimento das artes gráficas, desde as pinturas rupestres de 1500 a.C até o design internético. O livro consolida a forte presença da editora nesse segmento.

Em outra área vizinha, a arquitetura, a Cosac Naify também fez-se referência. Além de trazer ao português parte importante do repertório mais celebrado do gênero, com livros como “Aprendendo com Las Vegas”, de Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour, e “Precisões”, de Le Corbusier, a editora vem publicando autores-chave da arquitetura contemporânea, como Rem Koolhaas e Rafael Moneo, e está desenvolvendo uma linha em torno da arquitetura brasileira sem par no mercado.

Além de ter publicado três livros do vencedor do Prêmio Pritzker de 2006, Paulo Mendes da Rocha, o catálogo tem obras de e sobre todos os criadores mais importantes da arquitetura brasileira: de Oscar Niemeyer a Vilanova Artigas, de Lucio Costa a Joaquim Guedes, de Vital Brazil a Lina Bo Bardi.

Monstros sagrados
Os grandes artífices da cultura brasileira são, por sinal, um dos eixos em torno dos quais se organiza a produção editorial da Cosac Naify.

“Temos o orgulho de sermos, por exemplo, os editores das obras de Paulo Emílio Sales Gomes, Glauber Rocha e Manuel Bandeira. E publicamos alguns dos mais importantes ensaístas recentes, de Bento Prado Jr. a Fernando Novais, de Davi Arrigucci Jr. a Ismail Xavier, de Eduardo Viveiros de Castro a Ferreira Gullar”, revela texto no blog.

E não é tudo. Se pela trança de Tunga já subiram 750 títulos, mais de 150 deles são do escaninho da ficção. Pela coleção "Prosa do Mundo", a melhor série de clássicos do mercado, já chegaram às livrarias grandes obras de senhores com sobrenomes como Tolstoi, Beckett, Brecht, Poe, Flaubert, Pirandello, e outras de escritores menos conhecidos, mas não menores, como o dinamarquês Jens Peter Jacobsen e o húngaro Gyula Krúdy.

“Mulheres Modernistas” é o nome da coleção que reúne escritoras do calibre de Virginia Woolf, Karen Blixen, Flannery O’Connor, Katherine Mansfield, Marguerite Duras e Gertrude Stein.

O blog continua: “Sem medo de grandes desafios, publicamos ainda "Os Miseráveis" (1280 páginas), "Anna Kariênina" (816 páginas) e "Moby Dick" (656 páginas). E trouxemos ao país obras de mestres mais recentes, como o americano William Faulkner, o argentino Adolfo Bioy Casares e o brasileiro João Antônio. Do pretérito futuro, o dos grandes ficcionistas em atividade, também trouxemos às prateleiras boas amostras: o espanhol Enrique Vila-Matas , o argentino Alan Pauls, o alemão Ingo Schulze, o mexicano Mario Bellatin, o francês J. M. G. Le Clézio (Prêmio Nobel de 2008), entre outros.

“E é assim, com esse catálogo tão heterodoxo e tão único, que reúne sob o mesmo logotipo Petrônio e Capitão Cueca, Claude Lévi-Strauss e Woody Allen, Joaquim Nabuco e Chacal, que a Cosac Naify continua levando adiante seu desafio: em muitas áreas fazer sempre o melhor, ou ao menos o diferente..” finaliza o texto explicativo do blog.
http://editora.cosacnaify.com.br